ALBA premia jornalistas e parlamentares que se destacaram em 2025

A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) realizará, nesta terça-feira (16), às 16h, no Saguão Nestor Duarte, a cerimônia de entrega do Prêmio Destaque Parlamentar 2025 e do Troféu Imprensa, aos deputados e jornalistas cujas atividades ganharam mais notoriedade ao longo do ano.   A definição dos vencedores ocorreu em votação secreta realizada no dia 11 de … Leia Mais


Oficiais do FIDA visitam experiências desenvolvidas pela CAR no Semiárido baiano

Oficiais do FIDA visitam experiências desenvolvidas pela CAR no Semiárido baiano Foto: José Carlos Neri Membros do Escritório de Avaliação Independente (IOE) do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) visitaram, na última sexta-feira (12), comunidades rurais de Juazeiro, no território de identidade Sertão do São Francisco, com o objetivo de conhecer experiências exitosas em agroecologia … Leia Mais


Uesb abre inscrições do Processo Seletivo de Acesso e Inclusão para 2026.1

Uesb abre inscrições do Processo Seletivo de Acesso e Inclusão para 2026.1 Foto: Divulgação/Ascom Uesb Por meio do Edital 393/2025, a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) abre o Processo Seletivo de Acesso e Inclusão para 38 cursos de graduação com início no período letivo de 2026.1. As vagas são destinadas às pessoas que … Leia Mais


Arimateia aplaude Santa Bárbara pelos 64 anos de emancipação

O deputado José de Arimateia (Republicanos) apresentou, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), uma moção de aplausos e congratulações pela passagem do 64º aniversário de emancipação política do município de Santa Bárbara, celebrado no dia 14 de dezembro.   Distante cerca de 140 quilômetros de Salvador, Santa Bárbara é conhecida por sua história ligada à … Leia Mais



16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar movimenta Salvador e fortalece a economia dos 27 territórios da Bahia


16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar movimenta Salvador e fortalece a economia dos 27 territórios da Bahia

A 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária segue movimentando Salvador e fortalecendo a economia dos 27 Territórios de Identidade da Bahia. O evento, iniciado na quarta-feira (10), no Parque Costa Azul, segue até domingo (14), com entrada gratuita, e já atrai milhares de visitantes em busca de produtos da agricultura familiar, gastronomia regional, cultura e experiências imersivas inéditas.

Considerada a maior feira do segmento no país, a edição reúne mais de seis mil produtos de 600 empreendimentos da agricultura familiar e economia solidária, impulsionando vendas, geração de renda e prospecção de novos negócios para cooperativas e associações de todo o estado.

Nos 27 estandes territoriais, o público encontra a autenticidade da produção rural baiana expressa em alimentos, bebidas, artesanato, moda, flores, cosméticos e itens que representam identidade, ancestralidade e inovação. As duas praças gastronômicas também vêm aquecendo o evento e a economia local, com pratos tradicionais e novidades como o Fogo de Chão, além de opções como cuscuz com bode, galinha caipira, mariscos, tapioca, sorveteria, cachaçaria e choperia. Há ainda alternativas veganas, como o hambúrguer de carne de caju, e as tradicionais tendas Quilombola, Indígena e de Artesanato.

Para muitos empreendimentos, a Feira é a principal vitrine do ano. Gerente administrativo da Cooperativa de Produção Agropecuária de Giló e Região (Coopag), Eliton Félix celebra os resultados já registrados nos primeiros dias. “Na Coopag, transformamos leite em oportunidade de emprego, renda e novas perspectivas para a nossa região. A Feira é a chance de ampliarmos o faturamento com produtos como queijos, iogurtes de licuri, abacaxi e café, pão de queijo, manteiga e ricota, além de abrir portas para novos negócios”, destacou.

Da cozinha comunitária do povoado de Dona Maria, em Olindina, chegam produtos derivados da mandioca. “Trouxemos pizza, coxinha e panetone, entre outros itens que estamos vendendo na praça e no estande do Território Litoral Norte e Agreste Baiano. Isso representa muita coisa boa e uma renda a mais com nossas delícias produzidas pela agricultura familiar. Além disso, já temos propostas de encomendas de panetone e interessados em revender o produto, o que vai melhorar ainda mais a renda das mulheres”, afirma a secretária da Associação Dona Maria, Marileuza Pereira dos Santos, que está em processo de migração para cooperativa.

Novidades da edição
Um dos atrativos mais visitados é o Caminho da Roça, novidade desta 16ª edição. O espaço imersivo aproxima o público de seis sistemas produtivos da agricultura familiar baiana café, cacau, mel, mandioca, ovinocaprinocultura e queijos artesanais, por meio de vivências, demonstrações e degustações.

Programação musical
A Feira oferece ainda uma programação musical diversa, distribuída entre três palcos: Arena, Nordestino e Samba, com atrações que celebram a pluralidade cultural da Bahia ao longo dos cinco dias. A programação completa está disponível no Instagram @carbahia_

Sobre a Feira
A 16ª feira é realizada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a Unicafes Bahia.

🗓️ Funcionamento
📅 Até 14 de dezembro
🕒 Sexta a domingo: 10h às 22h
📍 Parque Costa Azul – Salvador
🎟️ Entrada gratuita

Fonte: Ascom/CAR


Novo edital voltado à produção de ovos de galinha caipira é apresentado no 2º Seminário Estadual da Avicultura Caipira Familiar


Novo edital voltado à produção de ovos de galinha caipira é apresentado no 2º Seminário Estadual da Avicultura Caipira Familiar

Foto: Camila Andrade/ Ascom CAR

O Edital Galinha Caipira da Bahia foi apresentado neste sábado (13), durante o 2º Seminário Estadual da Avicultura Caipira Familiar, a representantes de associações e cooperativas de todo o estado. O evento integrou a programação da 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária e teve como objetivo mobilizar as entidades interessadas, apresentando as condições de participação na iniciativa, que contará com investimento total de R$ 24 milhões.

“A gente desenvolve uma série de programas e projetos de financiamento da agricultura familiar, com mais de 400 agroindústrias beneficiadas. Nosso foco agora está voltado para ações estruturantes, ou seja, oferecer recursos que fortaleçam diretamente as cadeias produtivas, respeitando suas características específicas. Com este edital, a proposta é criar dez Núcleos Produtivos Territoriais, reunindo cinco organizações produtivas cada, promovendo a dinamização da produção, a certificação e a comercialização de ovos de galinha caipira”, explicou Jeandro Ribeiro, diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR).

Para Ezivaldo Barbosa, representante da Associação Du Ovos, da comunidade de Sapucaia, em Santo Antônio de Jesus, o edital representa uma oportunidade concreta de expansão da atividade. “Vai ser um grande incentivo, pois poderemos melhorar nossas condições, ampliar a produção e beneficiar cerca de 300 associados”, destacou.

Agroecologia

Durante a agenda, o diretor-presidente da CAR também participou do 4º Seminário Estadual de Agroecologia e Produtos Orgânicos da Bahia. “A política pública voltada para produtos saudáveis e sustentáveis tem na agricultura familiar a sua essência. A Feira dá visibilidade a mais de 10 mil produtos, e o tema do seminário faz parte do nosso cotidiano. Nossas ações são fortemente influenciadas pelas boas práticas da agroecologia”, ressaltou Jeandro Ribeiro.

Cinco novos editais

Além do edital voltado à certificação e comercialização de ovos de galinha caipira, o Governo da Bahia, por meio da CAR, autorizou o edital Raízes da Bahia, com investimento de R$ 30 milhões, voltado à produção, beneficiamento e comercialização de derivados da mandioca; e o edital Cabritos e Cordeiros da Bahia, com R$ 15 milhões, para o fortalecimento da cadeia produtiva de caprinos e ovinos.

Também foram anunciados editais de R$ 7 milhões para a estruturação de unidades de produção de fitoterápicos e outros R$ 7 milhões destinados a projetos de turismo rural de base comunitária.

Fonte: Ascom/CAR


16ª edição da Feira Baiana da Agricultura Familiar amplia participação indígena e quilombola


16ª edição da Feira Baiana da Agricultura Familiar amplia participação indígena e quilombola

Foto: Adriel Francisco/Ascom CAR

A 16ª edição da Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária reafirmou o compromisso do Estado com a valorização e o fortalecimento das comunidades indígenas e quilombolas. Com aumento no número de estandes e maior diversidade territorial, o evento também deu visibilidade a histórias de transformação social protagonizadas por mulheres artesãs.

A artesã Claudineia Conceição dos Santos, da Comunidade Quilombola de Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, o tradicional Quilombo de Mãe Bernadete, comemora mais um ano de boas vendas na feira. Integrante da Associação de Artesanato Raízes do Quilombo, o grupo formado por 34 artesãs e 1 artesão, é presença garantida na feira. “Participamos desde o início, quando a feira ainda era no Parque de Exposições, depois no Jardim dos Namorados e hoje no Parque Costa Azul. Nossos produtos têm como matéria-prima a piaçava, palha da costa, coco, osso, miçanga e chifre”, explica.

O artesanato ganhou impulso na comunidade no ano de 2000, quando Mãe Bernadete articulou um curso de capacitação em artesanato com piaçava. “Ela trouxe esse conhecimento para garantir independência às mulheres do grupo. Aperfeiçoamos a técnica e hoje já estamos exportando para a França e Bogotá”, conta Claudineia. Entre os produtos comercializados estão mandalas, biojoias, bolsas, cerâmicas trabalhadas com piaçava. Uma variedade de peças que variam de R$ 5 a R$ 450.

Nesta edição, a feira contou com 12 estandes quilombolas e 24 representantes de comunidades dos municípios de Camaçari, Salvador, Simões Filho, Ruy Barbosa, Santa Teresinha, Coração de Maria e Entre Rios, abrangendo cinco Territórios de Identidade: Sisal, RMS, Piemonte do Paraguaçu, Portal do Sertão e Litoral Norte e Agreste Baiano.

Tenda Indígena

A artesã Ana Melo, do povo Kaimbé de Massacará, em Euclides da Cunha, está pela primeira vez na Feira Baiana da Agricultura Familiar. “Trazer meu artesanato para ser reconhecido é muito bom. A expectativa é de boas vendas e quero participar sempre”, afirma. Suas peças incluem colares, pulseiras e cestas produzidas com materiais do próprio território, como imbé da palha da licurizeira e sementes de Lágrima de Nossa Senhora e pau-brasil.

Neste ano, o evento reuniu representantes indígenas de 10 municípios, alcançando oito Territórios de Identidade da Bahia: Semiárido Nordeste II, Região Metropolitana de Salvador, Recôncavo, Extremo Sul, Itaparica, Litoral Sul, Oeste Baiano e Chapada Diamantina.

A Chapada Diamantina esteve presente com representantes de 12 aldeias, reforçando a diversidade cultural e geográfica da participação.

Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso, a crescente participação das comunidades indígenas e quilombolas demonstra o avanço das políticas públicas de fortalecimento das economias comunitárias, da cultura tradicional e da inclusão produtiva no estado da Bahia. “Essas comunidades têm papel fundamental na economia da Bahia, e nossa missão é garantir que tenham cada vez mais oportunidades, apoio e visibilidade”, disse.

Realização – A 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária é realizada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e UNICAFES Bahia, e apoio da Apex Brasil, Bahia Turismo, Bahia Sem Fome, Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM) e Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder).

Fonte: Ascom/CAR


Vale do Jiquiriçá registra participação histórica na 16ª Feira da Agricultura Familiar


Vale do Jiquiriçá registra participação histórica na 16ª Feira da Agricultura Familiar

Foto: Ulisses Dumas/Ascom SDR

A participação do Território de Identidade Vale do Jiquiriçá na 16ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária marca um momento histórico para a agroecologia na Bahia. Pela primeira vez, os 20 municípios do território estão representados no evento, reunindo 170 empreendimentos, 865 produtos agroecológicos e envolvendo diretamente 1.238 pessoas no processo produtivo.

Em 2025, o Vale do Jiquiriçá participou com 11 empreendimentos e 124 produtos. Nesta edição, o número de itens apresentados teve um crescimento de quase 700%, resultado da organização e articulação liderada pela Associação Agroecológica da Jaqueira e pelo Centro Público de Economia Solidária (Cesol) junto às gestões municipais e empreendimentos da zona rural do território.

De acordo com o coordenador do Cesol do Vale do Jiquiriçá, Daniel Oliveira, membro da Associação Agroecológica da Jaqueira e do Colegiado Territorial, esse ano foi realizada uma grande caravana para mobilizar os municípios. “Percorremos todas as cidades, dialogamos com os empreendimentos, destacamos a grandiosidade da feira e conseguimos trazer o território completo”, comemorou.

Os números mostram a força do Vale do Jiquiriçá na feira: conta com a participação de quatro cooperativas e 16 associações, 46% dos empreendimentos da zona rural, 86% de mulheres, e 76% delas negras.

O território lidera a 16ª Feira da Agricultura Familiar em diversidade produtiva, com os 865 itens catalogados. “O segundo território com mais produtos trouxe 200 itens”, observou Daniel.

Novos produtos em 2025

Entre as novidades apresentadas nesta 16ª edição da feira, estão produtos identificados durante o processo de escuta e mapeamento realizado nos municípios. O público encontra itens como vinagre de banana, chocolate com jaca, café com cacau e sequilhos com araruta.

Segundo a coordenadora da Associação Agroecológica da Jaqueira, Crys Rios, também coordenadora do Colegiado Territorial do Vale do Jiquiriçá e agente nacional da Economia Solidária vinculada ao Programa Paul Singer, da Senaes/MTE, a feira é uma vitrine estratégica para consolidar identidade, organização e sustentabilidade. “A partir do sucesso do ano passado, nos organizamos enquanto território, enquanto sujeito político, para que as pessoas se enxergassem como parte da economia solidária e reconhecessem a potência da sua própria produção”, explicou.

A articulação resultou ainda na criação da Espiral Agroecológica de Mulheres, que hoje reúne cerca de 400 mulheres, impulsionando a produção em escala e garantindo protagonismo feminino. O território também recebeu, durante o evento, a Certificação Orgânica Participativa da Rede de Agroecologia Povos da Mata, fortalecendo os processos produtivos dos 20 municípios que compõem uma população estimada em 303 mil pessoas, majoritariamente rural, negra e feminina.

Logística inédita e organização coletiva

A participação do Vale do Jiquiriçá foi marcada por uma logística inédita no estado com a realização da caravana e busca ativa dos empreendimentos e suas produções. Depois de passar por todos os municípios, os empreendimentos se reuniram no maior encontro da história regional da economia solidária e da agricultura familiar da região, em Amargosa.

Para a participação na feira em Salvador, também houve organização para a coleta dos produtos em cidades estratégicas, garantindo inclusão de produtores de baixa renda. “Isso nunca foi feito na Bahia. Fomos em busca dos empreendimentos, cadastramos pessoalmente, organizamos a coleta, catalogamos, etiquetamos os produtos e implantamos um sistema de venda coletiva”, ressaltou Daniel.

Hoje, o território ocupa cinco estandes na feira, entre eles o Tudo Vegano, na Praça Gastronômica, que retorna nesta edição após grande sucesso em sua primeira participação em 2024.

No espaço, o público encontra um cardápio baseado em ingredientes integrais, agroecológicos e 100% veganos, valorizando a sociobiodiversidade do Vale do Jiquiriçá. Entre as opções estão refeições como maniçoba, moqueca de jaca, feijoada vegetal e yakissoba, além de lanches salgados e doces à base de jaca, cacau, licuri, aipim e frutas regionais.

As bebidas incluem mel de cacau natural, sucos com mel de cacau e kombuchas artesanais. A proposta alia alimentação saudável, sustentabilidade, geração de renda e valorização dos saberes tradicionais.

“A Febafes não é só um espaço de venda. É um espaço de construção de conhecimento, de sociabilização, de valorização do que produzimos na roça, no campo, nos equipamentos produtivos que também são fruto das políticas públicas da SDR e da CAR”, reforça Crys.

Onde encontrar em Salvador

Os produtos do Vale do Jiquiriçá já estão presentes em outros canais de comercialização, incluindo espaços virtuais, como o site da Jaqueira e do Cesol, e loja física no Largo 2 de Julho. Também, semanalmente, pode ser adquirido na feira realizada aos sábados no condomínio Vila Anaití, bairro do Imbuí, na Praça Miriam Fraga, no Itaigara.

Para 2027, o Território do Vale do Jiquiriçá já planeja novidades como aprimorar a rotulagem, identidade visual, qualidade dos produtos e novas iguarias. “Nosso carro-chefe é a diversidade, que é um princípio da agroecologia. Ano que vem estaremos ainda mais organizados”, concluiu Daniel.

Fonte: Ascom/SDR


Frente Parlamentar dos Consórcios Públicos debate fim dos lixões na Bahia


A Frente Parlamentar dos Consórcios Públicos da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), presidida pelo deputado Bobô (PCdoB), realizou nesta segunda-feira (15), no Auditório Jornalista Jorge Calmon, a sua primeira reunião de trabalho. Gestores estaduais, prefeitos, dirigentes da federação de consórcios, lideranças territoriais e representantes do comitê de catadores e da sociedade civil organizada participaram do debate sobre o tema “Resíduos Sólidos e a Erradicação Humanizada dos Lixões na Bahia”. Na abertura do evento, Bobô explicou que a frente, instalada no mês passado, nasceu com a missão de aproximar o Parlamento estadual dos consórcios, ouvir os municípios e construir, de forma integrada, caminhos que fortaleçam a gestão pública regionalizada.

 

“O tema que nos reúne aqui não é apenas um debate ambiental, mas um debate sobre saúde pública, dignidade humana, justiça social, desenvolvimento econômico e sustentável. É um tema que atravessa a vida de todos os municípios baianos e exige ações articuladas, consistentes e permanentes”, destacou o parlamentar. Ele lembrou que a Lei nº 12.305/2010 determina que os municípios brasileiros devem encerrar seus lixões, mas que, mesmo após quinze anos da vigência da norma, a legislação não se concretizou na prática. “Isso não ocorre apenas por limitações locais, mas pela ausência histórica de integração, apoio técnico e cooperação efetiva entre União, Estados e Municípios. Estamos assumindo o compromisso de construir pontes, fortalecer vínculos institucionais e promover um ambiente onde os consórcios públicos sejam protagonistas no processo de erradicação humanizada dos lixões na Bahia”, enfatizou.

 

O presidente da frente considera que os consórcios públicos representam a solução mais eficiente, moderna e viável para a questão dos lixões e defende um novo modelo de gestão integrada, tendo como um dos pilares centrais o apoio direto e efetivo aos catadores de materiais recicláveis, verdadeiros protagonistas silenciosos de todo o sistema. “Sem eles não existe coleta seletiva, não existe economia circular. Merecem respeito, condições dignas de trabalho e serem reconhecidos como agentes ambientais fundamentais”, apontou o deputado, que ressaltou também a importância do fortalecimento do papel da Frente Parlamentar na fiscalização dos consórcios públicos.

 

CENÁRIO CRÍTICO

 

“A erradicação dos lixões é uma meta possível e urgente. Ela exige responsabilidade compartilhada, coragem e vontade política. Esta Frente Parlamentar está aqui para liderar, apoiar e garantir que este tema não saia da agenda pública”, reforçou Bobô. Os dados mostram que a Bahia enfrenta um cenário crítico quando se fala em destinação dos resíduos sólidos. 388 municípios ainda mantêm lixões a céu aberto, apesar do prazo legal para substituir os lixões por aterros sanitários ter expirado em agosto de 2024. O prefeito de Capim Grosso, Sivaldo Rios, presidente da Federação dos Consórcios Públicos da Bahia (FECBAHIA), é um entusiasta do modelo aplicado por Sergipe.

 

Referência nacional na região Nordeste, o estado sergipano recentemente tornou-se o terceiro do país a fechar todos os seus lixões em atividade, destinando os resíduos para aterros licenciados. “É uma modelagem que prioriza os catadores, que você manda para os aterros legalizados apenas 25% do que é produzido de resíduos. Consegue resolver o problema e não reinventa a roda. No oeste baiano, 10 municípios já copiaram este projeto, conseguindo baixar o valor do que pagavam às empresas que faziam a coleta do lixo. Não é uma missão fácil, mas a gente tem que sonhar e acreditar que a Bahia pode ser exemplo, contribuindo para girar a economia, com mais trabalho para toda a cadeia que alimenta o setor, e, ao mesmo tempo, preservando o meio ambiente”, frisou o gestor municipal.

 

INVESTIMENTOS

 

Coordenador executivo de Planejamento Territorial e Articulação dos Consórcios Públicos, Thiago Xavier confirmou que a Secretaria de Planejamento (Seplan) está revisando os 27 planos territoriais de desenvolvimento sustentável do Estado. Ele concordou que “resolver o problema dos resíduos significa solucionar questões ligadas à saúde e ao meio ambiente, gerando qualidade de vida para a população, com uma nova dinâmica econômica”. Luiz Cláudio Pires, superintendente de Gestão Territorial da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur), assegurou que a Bahia tem feito investimentos na construção de galpões para a separação de resíduos sólidos, e enalteceu o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) que, segundo o próprio Luiz Cláudio, impacta positivamente na vida dos catadores.

 

O vice-presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA), conselheiro Nelson Pellegrino, fez uma longa explanação sobre a temática, elogiou a iniciativa do deputado Bobô em promover a discussão sobre reciclagem e coleta seletiva de lixo e anunciou que diversas ações deverão ser executadas em 2026 para o enfrentamento dos lixões na Bahia. Participaram da mesa de honra do debate, apresentando sugestões, as seguintes autoridades e personalidades: Cícero Monteiro, coordenador geral dos Consórcios Públicos; Thiancle Araújo, superintendente da UPB; José Tosato, coordenador do Comitê Catadores de Materiais Recicláveis-BA; Augusto Carvalho, coordenador do Centro de Apoio às Promotorias de Meio Ambiente; Ronalda Barreto, docente da Uneb; Neildes Santana, representante da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema); Edivaldo Ribeiro, representante do Consórcio Público de Sergipe; e João Paulo de Jesus, diretor da Rede Recicla-BA.

 

 



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