Hilton propõe reforço no combate ao câncer de mama na Bahia


O deputado Hilton Coelho (Psol) apresentou, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), uma indicação ao governador Jerônimo Rodrigues solicitando que o governo do Estado adote medidas para ampliar o número de médicos mastologistas na rede pública e fortalecer a estrutura de diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama.

A proposta busca enfrentar uma das maiores deficiências da saúde pública baiana: a escassez de profissionais especializados e de infraestrutura adequada para a detecção e o tratamento da doença que mais vitimiza mulheres no Brasil e na Bahia.

“Garantir o diagnóstico precoce e o tratamento digno do câncer de mama é uma questão de vida ou morte. É inaceitável que tantas mulheres, especialmente no interior do Estado, enfrentem filas, longas esperas e deslocamentos extensos para conseguir uma mamografia ou uma consulta com mastologista”, afirmou Hilton Coelho.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), a Bahia deve registrar cerca de 116 mil novos casos de câncer até 2025, sendo o de mama responsável por uma parcela significativa desse total. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) aponta ainda que, em 2025, a média de mortes por câncer de mama chegou a três por dia, o que reforça a urgência do tema.

Além da carência de profissionais, o deputado destacou a falta de equipamentos e de acesso aos exames de mamografia como fatores que agravam o cenário. Uma reportagem do Bahia Notícias, citando dados de 2014, já havia apontado que menos de 40% das mamografias previstas foram realizadas, revelando a precariedade do sistema de rastreamento e a desigualdade de acesso entre as regiões da Bahia.

A indicação reforça a necessidade de fortalecer as políticas públicas voltadas à saúde da mulher, com ações preventivas, estruturantes e permanentes, capazes de reduzir a mortalidade e garantir o direito constitucional à saúde.

“O Estado precisa agir com urgência, ampliando o número de mastologistas, estruturando a rede e assegurando o acesso das mulheres aos exames e tratamentos. Isso é defender a vida e o direito à saúde pública de qualidade”, concluiu Hilton Coelho.



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