A deputada estadual Ludmilla Fiscina (PV) articulou, nesta terça-feira (14), uma visita da Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) ao Hospital Martagão Gesteira, em Salvador, com o objetivo de discutir saídas imediatas para a grave crise financeira enfrentada pela instituição filantrópica. A iniciativa da deputada resultou em alguns encaminhamentos para assegurar a continuidade dos serviços prestados à população infantil baiana.
“Este é um momento de escuta, de diálogo entre a Assembleia e as pessoas da instituição de saúde no sentido de definir estratégias. É preciso união para ajudar, através de um esforço conjunto em defesa da saúde pública pediátrica da Bahia”, afirmou Fiscina, que solicitou oficialmente a visita. Ao seu lado, estiveram presentes os deputados Alex da Piatã, presidente do colegiado, e José de Arimateia.
Durante o encontro, a diretoria do Martagão apresentou números que dimensionam a importância e o desafio da unidade, que completou 60 anos em 2025 e mantém 197 leitos, 27 especialidades médicas e mais de 1.300 colaboradores. Apenas no primeiro semestre deste ano, foram realizados quase 3 mil internamentos e mais de 4 mil cirurgias, além de 27 mil consultas.
O colegiado ouviu relatos sobre o desequilíbrio financeiro da instituição, que acumula déficit operacional de cerca de R$ 20 milhões, segundo o presidente do Conselho da Liga Álvaro Bahia, Pedro Teles. Ele alertou que o custo das operações é muito superior ao repasse feito pelo SUS, o que coloca em risco a sustentabilidade do hospital.
Encaminhamentos e mobilização – Entre as ações propostas, está a mobilização entre os pares para a destinação mínima de R$ 100 mil em emendas parlamentares individuais, além de uma articulação, via Instituto Assembleia de Carinho, para que as 417 prefeituras baianas contribuam mensalmente com valores equivalentes a um ou dois salários-mínimos, e agendamento de uma reunião com a secretária estadual de Saúde, Roberta Santana, para a apresentação da situação.
A deputada Ludmilla Fiscina destacou que a união de esforços entre os poderes e os municípios será determinante para preservar o legado do hospital. “O Martagão é um patrimônio da saúde pública da Bahia e precisamos garantir que ele continue salvando vidas por muitos anos”, defendeu.
Foto: Aluísio Neto
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