O oceano cobre 71% da superfície da Terra e desempenha um papel decisivo no equilíbrio do planeta. Ele influencia diretamente o clima, garante a produção de oxigênio e é fonte de alimento e renda para milhões de pessoas. Compreender a influência da cultura oceânica individual e coletiva, que exercemos sobre o oceano e da influência que o oceano exerce sobre nossas vidas é de suma importância.
A Secretaria do Meio Ambiente (Sema) entende que cultura oceânica vai além do litoral da Bahia, os rios e nascentes estão diretamente conectados ao oceano, transportando água doce, sedimentos e nutrientes que sustentam ecossistemas como manguezais, estuários e recifes de corais. A preservação desses ambientes garante o equilíbrio do ciclo da água, a produtividade pesqueira, a biodiversidade e a resiliência das zonas costeiras frente às emergências climáticas.
O desmatamento e a desertificação reduzem a capacidade do solo de reter água, aumentando a erosão e o transporte de sedimentos para o litoral. Isso provoca o assoreamento de rios e estuários, afetando habitats marinhos e espécies pesqueiras. Além disso, a perda de vegetação intensifica a emissão de CO₂, contribuindo para o aquecimento global e alterando padrões oceânicos e climáticos, como correntes, regimes de chuva e intensidade de eventos extremos, resultando em invernos mais frios, secas prolongadas e verões mais quentes.
“Regiões sujeitas à desertificação e ao desmatamento impactam indiretamente o oceano por meio da erosão, do assoreamento e da redução da qualidade da água que chega à costa. A proteção dos recursos hídricos, do solo e da vegetação nas áreas interiores é fundamental para a saúde dos ecossistemas costeiros e marinhos, e para o bem-estar humano”, explicou o diretor de Política e Planejamento Ambiental da Sema, Tiago Porto.
Muitas pessoas ainda desconhecem a importância social, econômica, política, ambiental e de saúde que o oceano tem em nosso cotidiano. Para o diretor, a promoção da cultura oceânica é essencial. “Promover essa cultura é imprescindível para conscientizar sobre os impactos humanos, reconhecer nossa responsabilidade em processos como poluição, aquecimento e acidificação dos oceanos, e incentivar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Cuidar do Oceano é, portanto, cuidar de nós mesmos e dos ambientes que nos cercam, sejam eles interiores ou litorâneos”, frisou Porto.
Ações
A Sema participa até este domingo (26) da 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) reforçando a inserção da pauta ambiental nos debates sobre ciência, inovação e enfrentamento das mudanças climáticas.
Além da programação durante o evento, a Secretaria vem implementando uma série de ações estratégicas, entre as quais destacam-se: regulamentação do Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro; Plano de Ação para Conservação de Recifes de Corais da Bahia; Combate à Bioinvasão Marinha; Calendário do Defeso de Espécies Marinhas; Iniciativa AdaptaCidades; Apoio a Associação Quilombola do Buri; Participação no XV Encontro Nacional de Gerenciamento Costeiro (Encogerco); Formação do Grupo de Trabalho sobre Gestão Integrada de Recursos Hídricos na Interface com a Zona Costeira; Parceria com a ONG Pro-Mar; Enfrentamento ao Lixo no Mar e o Termo de Compromisso Socioambiental (TCSA) Petrobras.
Para a oceanógrafa da Sema, Mariana Fontoura, “essas ações demonstram o compromisso do Governo com a conservação da Zona Costeira, aliando ciência, gestão participativa e políticas públicas para garantir a sustentabilidade de um dos maiores patrimônios naturais e culturais do Estado.”
Fonte: Ascom/Sema|Inema





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