Hilton lamenta morte de Jimmy Cliff e destaca legado do artista na Bahia


O deputado Hilton Coelho (Psol) apresentou, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), uma moção de pesar pela morte do cantor jamaicano Jimmy Cliff, ocorrida na manhã desta segunda-feira (24), aos 81 anos, em decorrência de uma convulsão seguida de pneumonia.

Para o parlamentar, a morte do artista representa “uma perda imensa não apenas para a música mundial, mas também para a própria história cultural da Bahia”. Hilton Coelho ressaltou no documento que Jimmy Cliff construiu com Salvador uma relação singular, profunda e transformadora.

Considerado um dos pioneiros do reggae, o jamaicano dividiu o palco com Gilberto Gil em 1980, em uma turnê pelo Brasil que arrastou multidões e lotou estádios — entre eles a Arena Fonte Nova, onde se apresentou para mais de 60 mil pessoas.

“Ele viveu a cidade, amou esta terra, criou raízes familiares e espirituais aqui. Foi na Bahia que nasceu sua filha, Nabiyah Be, e foi na Bahia que encontrou um território que dialogava com sua ancestralidade e com sua luta”, afirmou o deputado.

O artista participou do Femadum, gravou em Salvador parte do álbum Breakout (1992) e eternizou a fusão entre Jamaica e Bahia no clássico clipe Samba Reggae, filmado no Pelourinho. Para Hilton Coelho, essa produção conjunta simboliza “uma das pontes culturais mais potentes já construídas entre dois povos da diáspora africana”.

Por fim, o parlamentar afirmou que o legado de Cliff ultrapassa fronteiras geográficas e temporais: “A morte não interrompe o que é gigante. Jimmy Cliff abriu caminhos e continuará abrindo. Sua luz, sua voz e seu axé permanecem. A Bahia se despede do homem, mas jamais do mestre”, concluiu.



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