A Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan) sediou, na quinta (30) e sexta-feira (31), oficinas de trabalho voltadas à construção coletiva do Plano de Desenvolvimento Integrado Bahia 2050 (PDI Bahia 2050). O evento reuniu representantes do poder público, do setor produtivo, de universidades e da sociedade civil, com o objetivo de aperfeiçoar as estratégias preliminares que irão orientar o desenvolvimento do estado nas próximas três décadas.
Coordenada pela Superintendência de Planejamento Estratégico (SPE/Seplan), a atividade foi estruturada em torno de cinco pilares considerados essenciais para o futuro da Bahia: Competitividade Sistêmica; Sustentabilidade Ambiental e Climática; Educação Cidadã e Transformadora; Diversidade e Equidade com Qualidade de Vida; e Gestão e Inovação.
Visão de longo prazo
O secretário estadual do Planejamento, Cláudio Peixoto, destacou a posição de vanguarda da Bahia no campo do planejamento de longo prazo.
“A Bahia hoje se alinha ao que há de mais moderno em termos de planejamento de longo prazo. Estamos acompanhando o movimento nacional liderado pelo Governo Federal, por meio da Estratégia Brasil 2050. É um tema que ganhou centralidade na agenda pública, e nos orgulha saber que o nosso estado vem, há tantos anos, mantendo essa trajetória de forma consistente. A Bahia tem a característica de valorizar o planejamento de longo prazo e, nos encontros nacionais de secretários, somos sempre referenciados por essa prática”, afirmou.
O superintendente de Planejamento Estratégico da Seplan, Ranieri Barreto, ressaltou que esta é uma etapa decisiva do processo.
“Já estruturamos cinco eixos com 21 objetivos estratégicos e, agora, estamos colocando em debate com a sociedade baiana um conjunto de 84 estratégias de desenvolvimento, para que possam ser aprimoradas coletivamente. Essa é a grande riqueza de pensar a Bahia no longo prazo: um processo participativo, em que todos se reconhecem desde a sua construção”, explicou.
Participação social
Para Zulu Araújo, consultor na área da cultura e coordenador do escritório da Conder no Centro Histórico de Salvador, a iniciativa representa um passo importante na construção de um futuro mais justo e sustentável.
“Participar dessa oficina significa contribuir para planejar o nosso futuro com qualidade. E, para isso, são fundamentais a participação, o conhecimento e a reflexão — tudo voltado à melhoria da qualidade de vida da população”, afirmou.
Representando a sociedade civil, a publicitária Laís Campos também destacou a relevância da iniciativa.
“Participar desta oficina foi uma experiência muito importante — e, na verdade, uma grata surpresa. Poder contribuir com a formatação de um plano dessa magnitude, essencial para o futuro do estado, é motivo de orgulho. Trouxe a minha contribuição com o olhar de quem atua na área da cultura, do marketing e da comunicação, especialmente no eixo de diversidade e inclusão, com foco na construção de políticas públicas voltadas à cultura. O grupo se envolveu bastante nas discussões e acredito que conseguimos alcançar o objetivo proposto. Agradeço mais uma vez o convite e a oportunidade de participar”, afirmou.
Metodologia e próximos passos
Na metodologia do PDI Bahia 2050, as estratégias de desenvolvimento são definidas como macroorientações de caráter estrutural, que indicam os caminhos para alcançar os resultados almejados. Elas podem estar relacionadas tanto à superação de desafios quanto ao aproveitamento de oportunidades para o estado.
A atual fase de oficinas antecede os Seminários Macroterritoriais, que levarão o processo participativo aos 27 Territórios de Identidade da Bahia, garantindo a contribuição de todas as regiões.
Com pilares baseados em sustentabilidade, inovação e inclusão, o PDI Bahia 2050 busca alinhar o desenvolvimento do estado aos grandes temas da agenda global — como a transição energética, as mudanças climáticas e os novos cenários geopolíticos.
Fonte: Ascom/Seplan





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