Riqueza da vida marinha revela a força dos mares da Bahia


Riqueza da vida marinha revela a força dos mares da Bahia

Foto: Matheus Lemos/Sema|Inema

A Bahia abriga um dos litorais mais extensos e diversos do Brasil, com cerca de 1.100 quilômetros de costa banhada pelo Oceano Atlântico. Do município de Jandaíra, no extremo norte, até Mucuri, no extremo sul, essa faixa costeira envolve 53 municípios e forma um verdadeiro mosaico natural, onde dunas, lagoas, estuários, restingas, ilhas, recifes, baías e penínsulas se entrelaçam com a cultura e o modo de vida das comunidades locais.

As águas baianas são refúgio de uma impressionante diversidade de espécies marinhas, que dependem diretamente da geodiversidade costeira formada por recifes de corais, manguezais, praias, costões rochosos e ilhas. Essa combinação de ambientes cria condições ideais para o abrigo, alimentação e reprodução de inúmeras espécies, muitas delas ameaçadas de extinção ou endêmicas da região.

Entre os principais representantes da fauna marinha da Bahia estão a baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae), as tartarugas de-pente (Eretmochelys imbricata) e verde (Chelonia mydas), além de golfinhos, raias, tubarões e cavalos-marinhos (Hippocampus spp.). O peixe-boi-marinho (Trichechus manatus), uma das espécies mais raras do Atlântico Sul, também tem registros históricos nas águas do estado.

Outras espécies de destaque, muitas delas endêmicas ou de importância cultural, incluem o peixe Caramuru (Moreia, Gymnothorax spp.), o Guará-vermelho (Eudocimus ruber), o peixe-papagaio-de-Zelinda (Scarus zelindae), o coral-cérebro-da-Bahia (Mussismilia braziliensis) e o cavalo-marinho-de-focinho-longo (Hippocampus reidi).

Para o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Mendonça Sodré Martins, proteger a vida marinha da Bahia é também preservar a identidade do povo baiano.

“Nosso mar é mais do que um recurso natural, é parte da nossa história, da nossa cultura e do nosso futuro. Cada espécie que habita esse oceano carrega um pedaço da riqueza da Bahia. Fortalecer as ações de conservação marinha é garantir que as próximas gerações possam continuar a viver em harmonia com esse patrimônio único que o Atlântico nos oferece”, afirmou o secretário.

A oceanógrafa da Sema, Paloma Avena, ressaltou que o oceano da Bahia é um patrimônio natural e cultural de valor inestimável, resultado da interação entre a geodiversidade, a biodiversidade marinha e as atividades humanas ao longo dos séculos. “A extensa costa, com seus recifes de coral, manguezais, ilhas, baías e rios, sustenta ecossistemas únicos que abrigam espécies endêmicas, emblemáticas e de importância socioeconômica”, destacou.
O oceano baiano representa um elo vital entre natureza, cultura e desenvolvimento sustentável, reafirmando que a preservação ambiental é indissociável da valorização do patrimônio histórico, cultural e social da Bahia.

Fonte: Ascom/Sema|Inema

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