Seabra, localizada no Território de Identidade da Chapada Diamantina, foi a quarta cidade visitada pela caravana da Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan), que está percorrendo a Bahia para realizar o Seminário Macroterritorial do PDI Bahia 2050. O encontro, realizado nesta quinta-feira (13), no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), reuniu representantes da sociedade civil, do setor produtivo, de universidades e de órgãos públicos dos territórios da Chapada Diamantina, Bacia do Paramirim, Piemonte do Paraguaçu, Irecê e Piemonte da Diamantina, consolidando o processo participativo do plano de longo prazo que orientará as políticas públicas de desenvolvimento da Bahia nas próximas décadas.
A atividade tem por finalidade coletar, qualificar e territorializar os objetivos estratégicos de longo prazo, garantindo a contribuição dos 27 territórios ao PDI Bahia 2050. Cada uma das sete macrorregiões visitadas está apontando prioridades regionais e construindo propostas para potencializar os ativos locais, com foco no desenvolvimento e na redução das desigualdades. O trabalho é orientado por cinco eixos estratégicos: Competitividade Sistêmica; Sustentabilidade Ambiental e Climática; Educação Cidadã e Transformadora; Diversidade e Equidade com Qualidade de Vida; e Gestão e Inovação.
Além da etapa presencial, a contribuição dos territórios também ocorreu de forma virtual, durante quinze dias no mês de outubro, por meio de um formulário com duas perguntas-chave: “Quais os cinco objetivos mais relevantes para a região?” e “Quais os três ativos locais que podem ser os principais indutores do desenvolvimento regional?”. As respostas ajudaram a identificar percepções e abrir o diálogo sobre diferentes realidades, subsidiando a definição das estratégias, metas, indicadores e da carteira de projetos que dará materialidade ao plano de longo prazo.
Nos territórios do Piemonte do Paraguaçu, Piemonte da Diamantina, Chapada Diamantina, Bacia do Paramirim e Irecê, as consultas destacaram como prioridade o fortalecimento da produção agrícola, com foco na agroecologia, pecuária e agroindústria de base justa e inclusiva. A segurança hídrica e o saneamento básico, especialmente nas áreas rurais, também figuram entre as principais demandas, ao lado da conservação ambiental e do enfrentamento das mudanças climáticas. Em algumas regiões, como o Piemonte da Diamantina e a Chapada Diamantina, ganharam relevância o fortalecimento da economia da cultura, o turismo sustentável e a valorização dos modos de vida de povos e comunidades tradicionais.
O agente de desenvolvimento do Banco do Nordeste, Edson Gonçalves, ressaltou a importância da participação da instituição no debate sobre a construção da visão de futuro do estado. Segundo ele, o banco tem atuado de forma direta no fortalecimento econômico e social das regiões da Bahia e do Nordeste, com foco em ampliar oportunidades e levar o desenvolvimento a todos os cantos do estado. “Estamos tratando aqui de pautas tão importantes para os territórios agrupados. Nós, enquanto agentes de desenvolvimento, participamos diretamente desse processo e olhamos essa pauta com a preocupação de levar o desenvolvimento a cada um dos lugares mais longínquos do nosso estado”, destacou.
Presente na mesa da programação, o coordenador executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CODES-Bahia), órgão vinculado à Secretaria de Relações Institucionais (Serin), Jonas Paulo, enfatizou a importância do diálogo entre instituições e territórios na construção de um planejamento de longo prazo para o estado. “Para nós, é muito importante estar aqui com a Secretaria do Planejamento, construindo essa escuta com os territórios e perspectivando a construção do nosso futuro a partir da solução dos problemas que nós temos, mas dando a solução de forma estruturante, construindo perspectiva, construindo possibilidades, abrindo uma oportunidade. E este é o papel deste planejamento, que marca a Bahia como quem está hoje transformando o Estado, mas pensando num futuro mais próspero, mais justo e mais igual para os baianos e baianas”, afirmou.
O superintendente de Planejamento Estratégico da Seplan, Ranieri Barreto, e o professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e pesquisador da Fundação para o Desenvolvimento da Contabilidade, Economia e Administração (FUNDACE), Rosembergue Valverde, também fizeram apresentações, ao lado de representações territoriais, como Cláudio Lisboa, que atua na Coordenação Estadual de Territórios (CET-BA – Sociedade Civil).
Até o dia 27 de novembro, outras três cidades da Bahia receberão o evento, que acontece sempre em instituições de ensino: Vitória da Conquista (17), na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB); Itabuna (19), na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC); e Salvador (27), na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Senhor do Bonfim, Feira de Santana e Barreiras também já sediaram o seminário.
Fonte: Ascom/Inema




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